Casas de Formação

Mapa das Casas de Formação

Um dos problemas que a Igreja enfrenta é a adequação dos serviços pastorais ao crescimento populacional e urbano. As Paróquias, por seu tamanho, número de fiéis, atividades pastorais e diversos movimentos, número reduzido de ministros ordenados e de agentes permanentes, não conseguem dar uma resposta adequada de acolhimento e acompanhamento à realidade demográfica. Esse crescimento gera um “vazio pastoral” e de presença da Igreja, muitas vezes, ocupado por outras denominações religiosas refletindo a falta de um espaço onde se possa vivenciar fé, em nossa opção católica, como uma Comunidade Cristã.

 

Os Bispos no Brasil sugerem como resposta a esses desafios, a promoção “outros centros de ação pastoral”, “criar ou desenvolver polos ou centros de evangelização que atendam à mobilidade da população urbana e que ofereçam oportunidades múltiplas de contato com a mensagem evangélica e a experiência eclesial”. Insistem na visão da “Paróquia como rede de Comunidades” ou uma “Comunidade de Comunidades”. É neste sentido que as Casas de Formação foram criadas: para promover uma diversificação de opções de acolhimento e formação para os fiéis da Igreja.

A evangelização supõe a Comunidade Cristã, fruto do derramamento do Espírito Santo em Pentecostes. Não uma comunidade teórica, mas concreta. É a comunidade eclesial que tem a iniciativa da missão, o serviço da Evangelização. Por isso ela precisa de um lugar (espaço) onde os fiéis possam se reunir para conviver, partilhar, rezar e serem formados.

 

Neste contexto surgiu a inspiração das CASAS DE FORMAÇÃO na Comunidade JAVÉ NISSI. Elas devem ser referência para a Comunidade de Renovação e espaço para vivência da experiência de fé. Sabemos (e insistimos nisso) que estas Casas não substituem a Paróquia, “lugar teológico” onde o sacramento da unidade é celebrado, mas são um espaço complementar e próprio da experiência eclesial que fazemos na Arquidiocese de Pouso Alegre.

 

O livro dos Atos diz que o Espírito Santo, no diz de Pentecostes, encheu toda CASA onde eles estavam (Atos 2,2), da CASA onde se reuniam, partiu a missão e ainda os cristãos tinham o hábito de se reunirem nas CASAS para partilha e a convivência fraternal (Atos 2, 46) . A Comunidade de Renovação precisa de uma referência e de um “espaço” para efetivar sua vivência da fé e acolher aqueles “que o Senhor lhe acrescenta a cada dia”.

 

O nome CASA DE FORMAÇÃO explicita seu papel na Comunidade Eclesial de Renovação: é o “espaço” onde a Renovação Carismática Arquidiocesana acontece: Reuniões de Oração, vida fraterna, formação dos líderes e prestação de serviços. Têm como missão: Anunciar e Acolher.

 

A Igreja deve oferecer aos homens o Evangelho, capaz de corresponder às exigências e aspirações do coração humano: é e será sempre a “Boa Nova”. Não podemos deixar de proclamar que Jesus veio revelar o amor de Deus, e pela cruz e ressurreição salvar todos os homens. Após o primeiro anúncio, é preciso que haja continuidade de contatos para envolver a pessoa na vida da comunidade eclesial.

 

Os que recebem o primeiro anúncio de Cristo merecem atenção especial, precisam de um ambiente onde a semente recebida possa frutificar. O anúncio profético introduz a pessoa no mistério do amor de Deus chamando-a a um estreito relacionamento pessoal com Ele e com os irmãos, e isso implica na responsabilidade do acolhimento que acentue seu valor como indivíduo. “Nosso esforço deve ser criar estas condições para que as pessoas possam viver relações de solidariedade e de fraternidade que permitam sua maior realização”. (CNBB, doc. 71)

 

Em 1997 foi fundada a primeira Casa de Formação da Comunidade Javé Nissi: a Casa de Formação Nossa Senhora de Guadalupe (Itajubá) e o Senhor fez frutificar essa semente, que com fé e perseverança foi plantada. Hoje a Comunidade JAVÉ NISSI conta com 50 Casas de Formação em toda Arquidiocese, procurando oferecer estes “espaços” onde a vida no Espírito possa florescer em todos seus aspectos: missão e testemunho. Procura cooperar com as atividades das paróquias onde se inserem como uma das muitas comunidades da “rede” que a própria paróquia é chamada a ser.